terça-feira, 1 de maio de 2012

A árvore que produzia pão

Nesta história, a árvore representa o Senhor Jesus, chamado de "Árvore da Vida", e também "Pão da Vida"

Era uma vez um reino distante, nos confins do Oriente, onde havia uma árvore muito especial. Era inigualável. Seus galhos e folhas protegiam do sol os que se abrigavam em sua sombra, enquanto suas flores espalhavam no ar um perfume suave.
O mais formidável disto tudo era que o fruto dessa árvore era o pão. Sim, isso mesmo! Cada manhã essa extraordinária árvore produzia pães frescos. Pães da cor do trigo, que cintilavam sob os raios do Sol que passavam por entre as folhas.
O pão sempre foi e sempre será a alimentação básica de todos os povos. No Brasil, quando os portugueses aqui desembarcaram, os índios já produziam seu próprio pão, feito da mandioca.
Imagine o valor de uma árvore que produzia pão a cada manhã, em abundância e para sempre! Não há preço que pague isso!
Os pássaros se ajuntavam a cada amanhecer, batendo suas asas e bicando os pães. Como a árvore estava à beira de um riacho, seus pães também alimentavam os peixes, que abocanhavam as migalhas que caíam na água.
Um certo pardal vivia a se gabar e a zombar dos peixes. Ele dizia em tom de deboche:
— Tenho pena de vocês, que comem o pão molhado. Eu posso saboreá-lo fresco e seco. Se ao menos soubessem voar...
Os peixes não viam nada demais em comer o pão molhado, uma vez que sempre comeram tudo molhado. Contudo, a arrogância do pardal incomodava.
Com o fim do outono, o vento frio trouxe as chuvas geladas. O pardal, que havia nascido na última primavera, não se preveniu como os outros pássaros mais velhos. Assim, num sábado pela manhã, após uma noite de sono profundo, como de costume, foi até a árvore-pão para se alimentar.
Quando deu a primeira bicada, ficou horrorizado com aquele sabor gelado. A chuva que embalara seu sono durante a noite havia estragado seu alimento preferido. O pássaro ficou desolado e voava em círculos ao redor da árvore, na esperança de encontrar um pedaço seco.
Os peixes também apareceram para comer e ficaram curiosos com a atitude do passarinho zombador:
— O que houve passarinho? Por que tanto desespero ao redor dessa árvore?
O pardal percebeu que todo aquele tempo em que zombara dos peixes lhe veio como uma bofetada, pois agora passava fome, enquanto aqueles, a quem sempre humilhara, comiam do pão com o mesmo prazer, pois a chuva em nada mudava o sabor de seu alimento.
Os dias foram passando e o pardal não encontrava pão seco. O frio do inverno aumentou, ele adoeceu e morreu.
Nesta história, a árvore que produz pão representa o Senhor Jesus, chamado de “Árvore da Vida”, e também “Pão da Vida”. Os pássaros e os peixes somos nós, os cristãos. Alguns de nós somos como os peixes. Devido às perseguições e injúrias que sofremos às constantes acusações e deboches, estamos acostumados a comer nosso pão, isto é, servir a Jesus, molhado pelas lágrimas que vertemos nos momentos das dificuldades.
Já outros cristãos são semelhantes aos pássaros, apenas acostumados a comer o pão nos dias ensolarados pela alegria e o sucesso. Quando chegam as perseguições e o pão se torna molhado, rejeitam-no e acabam por morrer na fé.
(*) Texto retirado do livro “Histórias de sabedoria e humildade”.

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